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Ando perdida nestes sonhos verdes
De ter nascido e não saber quem sou,
Ando ceguinha a tatear paredes
E nem ao menos sei quem me cegou!
Não vejo nada, tudo é morto e vago...
E a minha alma cega, ao abandono
Faz-me lembrar o nenúfar dum lago
´Stendendo as asas brancas cor do sonho...
Ter dentro d´alma na luz de todo o mundo
E não ver nada nesse mar sem fundo,
Poetas meus irmãos, que triste sorte!...
E chamam-nos a nós Iluminados!
Pobres cegos sem culpas, sem pecados,
A sofrer pelos outros té à morte!
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
2 comentários:
Florbela Espanca é perfeita!!!
Ela descreveu certinho a dor de não saber quem és...Aff...Mas do que essa cegueira é capaz de fazer num papel...Só lê-la para saber que é sim,cegueira Bendita...
Beijão Fada Flor!!!
Bom dia querida amiga Serena Flor!
Acompanhado de uma linda e atraente imagem temos aqui mais do que um texto... Temos uma pausa para refletir! Parabéns pelo post!
Muito Obrigado pelas lindas palavras deixadas lá em casa no post "Arte y Pico"! Eu adoro esses 'presentinhos'... Reconheço-os como um carinho amigo e sempre que chegam no Quiosque Azul fazem do meu dia um tempo melhor!
Confesso que estou bastante atrasado com os repasses e ando me enrolando todo... Contudo me embalo com a presença e incentivo dos amigos. Irei conseguir... \o/ rs
Você é sempre carinhosa!
Muito obrigado mais uma vez!
Fique com Deus!
Bjs de Luz!
HappyBlue:)
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